quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Hora de ponta



Não sei onde entraste, se há muito se há pouco tempo.
Se sozinho ou entre a multidão.
Só dei pela tua presença entre solavancos.

Uma paragem e já não temos ninguém entre nós,
Mais duas e já não temos espaço entre nós.
Mais outra e já estou entre ti e um poste...

As possibilidades...

Entre solavancos vou pedindo desculpa pelos contactos nada acidentais entre as minhas nádegas e a tua braguilha.
Novo solavanco. Investida da tua parte: Já te sinto duro.

Esqueço os solavancos, e começo a roçar as nádegas em ti,
Pressionas-me lentamente contra o poste onde ambos temos as mãos.

Entre a multidão muito pode passar despercebido desde que seja subtil.

Afasto ligeiramente as pernas: o poste perde uma das tuas mãos.
O metro trava: investes sobre mim e pões a mão na minha barriga.
Ponho uma mão na tua anca.

Sai e entra gente e ainda ficamos mais apertados.
As mãos descem, o ritmo aumenta. 
Fechos abrem-se, mãos entram..

Sinto a tua respiração no meu pescoço, e o principio do teu orgasmo nos dedos.
Os teus dedos replicam o que ambos desejávamos que não fossem dedos a fazer.

O metro pára. A multidão começa a sair.
Arranjam-se roupas.
Dirijimo-nos à porta, trocamos olhares enquanto passamos os dedos pela boca e nos provamos. 
Partilhamos um sorriso.

Amanhã à hora de ponta, encontramo-nos no metro?

domingo, 17 de setembro de 2017

Sexy Motel


No motel que combinaste, entro e tu so de fio saltos altos debruçada sobre a cama. Entro, tu já te tocas por cima do fio tao pequeno que deixa ver os lábios da tua cona, olhas por cima do ombro e sorris. Desvias para o lado e sabes que não resisto logo a tirar o meu pau ja teso. Encosto-me a ti sentes a cabeça a abrir os lábios da tua cona molhada de tusa. Seguro a tua cintura e entro todo, até os colhoes te tocarem, bem fundo, a cada estocada gritas, como adoras gritar para... que te oiçam, gostas de exaltar a tua tesão, informar de que estas a foder, uma mão no teu ombro outra na tua cintura. Aumento o ritmo, as tuas costas arqueadas mostram que a tua tesão aumenta, Fode-mee pedes o que aumenta a minha tesão, uma palmada o agarrar do cabelo e ja me tens como gostas descontrolado. Olho para ver como entra em ti e como sai cada vez mais molhado, deslizo o dedo que te pressiona o teu delicado cu, gemes e entre dentes dizes" SImmm ai" aceiro a tua proposta e o teu cu aceita o meu pau teso onde tu num golpe te empurras nele enfiando todo. Os gritos os gemidos o calor a tesão é tanta que me venho dentro do teu cu, tremes porque te vieste também devido á tua masturbação, as tuas mãos molhadas denunciam.
  1. HUmm que pena a hora de almoço ser tão curta.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Entrelinhas

Às vezes pergunto-me o que me passa pela cabeça para me expor assim...
Âs vezes acho que me esponho demasiado e paro.
Às vezes acho que não me esponho o suficiente e paro também.

Adoro o potencial que se aguarda entre linhas,
A ligação que se cria, os pensamentos que se transmitem.
Se bem executadas até mesmo sensações.

Mas há tão mais que as entrelinhas,
Há o vazio que fica por escrever e por interpretar.

Há a aceitação do todo que não chega só pela parte.

Lamento as pausas, mais ou menos prolongadas.
Ultimamente não tenho tido inspiração para a escrita ;)

sexta-feira, 17 de março de 2017

E se ...?



E se tudo fosse simples?
E se não existisse mais nada se não o momento.
Nem ontem nem amanhã: só agora.

Não importaria quem és ou quem sou.
Em que pensas, o que sonhas, o que te faz estar aqui.
Apenas estávamos ali e era o suficiente.

Uma troca de olhares comunicava o desejo.
Não, não nos limitemos a olhares, façam-se fazer ouvir as vontades.
Porque se há de silenciar o desejo?
Porque não hei-de eu dizer o que quero?
Porque não hás-de tu dizer o queres?
Porque não haveremos nós de excitar o outro com palavras?
Ainda que segredadas, sussurradas, gemidas.
Ou simplesmente ditas como se diz outra coisa qualquer.

E se não houvessem receios?
E se não tivéssemos medo de testar limites?
E se o maior limite não fossemos nós próprios?

E se pudéssemos ficar ali, frente a frente,
a desenharmo-nos com os olhos, a trocar intenções futuras,
a criar expectativa, mas sem expectativas ou pressões..

E se tudo fosse simples?

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Jogo de sombras



Tudo começa com um vulto de mão na parede.
A tua mão na parede do meu chuveiro.
A parede que não é mais que vidro fosco.
O vidro que não deixa ver o vizinho do lado, a não ser que te encostes a ele.

E tu encostaste a mão.
Ponho a minha sobre a tua.
Será que viste?

Imagino a água a correr-te pelo corpo.
Vês a minha mão?
Imaginas o que estou a fazer com a outra?
Eu imagino o que estás a fazer com a tua.

Aproximo-me do vidro.
Será que tenho coragem?
Será que vais ver? Será que queres ver?
Eu quero que vejas.
Quero que vejas e invejes a água que me corre pelas costas enquanto pressiono a minha frente contra o vidro.
Será que viste?

Mudas a mão de posição, como se quisesses tocar o que o vidro te impede.
O vidro é frio, mas a minha mão que vai descendo é quente, e mais quente vai ficar.

Viro-me de costas para o vidro, encosto-me e dobro-me pela cintura.


É o jogo de sombras, queres jogar?